O Grupo Edson Queiroz, dono da Nacional Gás, a Copa Energia, controladora da Copagaz, e um parceiro global de armazenagem vão investir R$ 1,2 bilhão em um terminal de tancagem de gás liquefeito de petróleo (GLP) — o gás de cozinha — no Porto de Suape, em Ipojuca, Pernambuco.
O terminal contará com uma infraestrutura de 90 mil metros cúbicos de armazenamento em tanques, além da implantação de dutos para movimentar a matéria-prima e fazer as conexões logísticas. O diferencial está na tecnologia inédita no Brasil, onde o gás é armazenado refrigerado, ocupando um volume reduzido e aumentando assim a capacidade de estoque, que atualmente, no Nordeste, é de apenas quatro dias de abastecimento.
Por ano, o terminal, que tem 60 mil metros quadrados, irá comportar 1,5 milhão de toneladas de GLP. O anúncio foi feito pelo presidente do Grupo Edson Queiroz, Carlos Rotella, em reunião com o governador de Pernambuco Paulo Câmara na última quarta-feira, 14 de julho.
Com o início das operações, o terminal de tancagem deve colocar o Nordeste em uma nova situação de autonomia de abastecimento de GLP. Hoje, o Brasil vive um déficit de combustível, já que não produz tudo o que consome, por isso, importa gás dos EUA, do Oriente Médio e da África. O Nordeste é a região mais afetada, uma vez que as principais refinarias do País estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste.
O novo equipamento já nasce com grandes clientes, a Nacional Gás, Copagaz e Liquigás, que devem consumir cerca de 70% do volume de negócio. “O terminal estará disponível para que outras distribuidoras possam importar diretamente o combustível contando com a nossa infraestrutura. Assim, terão mais agilidade, segurança e tecnologia à disposição”, explicou Carlos Rotella, presidente do GEQ.